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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Fundos de Emergência /Reserva


É nesta altura da nossa conversa a respeito de recuperação financeira que devemos começar a falar na criação de fundos de emergência. Também chamado de fundo de reserva, este é um montante mantido à parte, sempre disponível para cobrir despesas extraordinárias, emergenciais ou imprevisíveis.


Estes imprevistos podem ir desde problemas no carro a despesas médicas inesperadas até um mês de desempenho abaixo do esperado nos negócios, principalmente para pessoas que vivem de comissões ou com a maior parte dos rendimentos variável.

Todas as pessoas podem e devem ter um fundo de reserva familiar ou pessoal, mas para criá-lo é necessário aplicar mensalmente uma parcela do orçamento e fixar critérios no que diz respeito ao seu uso e manutenção. Algumas pessoas estão expostas a riscos financeiros maiores, como funcionários sem estabilidade no trabalho, ou com parte da renda vinda de uma fonte variável, tais como comissões ou produtividade. Outros, mesmo tendo um salário fixo e estabilidade no emprego, como funcionários públicos, também precisam dessa reserva.

Mas, em meio à crise, será que é altura de começar um fundo de emergência?
A resposta é não. A altura certa seria antes da crise, mas iniciar uma medida preventiva ainda que tarde, poderá vir a resolver-lhe diversas coisas posteriormente caso a situação nacional se mantenha assim ou se agrave.

Financeiramente manter fundos de emergência implica renunciar a investir este dinheiro ou então mantê-lo em aplicações de alta disponibilidade e baixo risco (significa também baixo rendimento), de modo que é uma medida que sai cara. No entanto é bom poder contar com uma fonte de economia própria. É relativamente simples criar um fundo destes, como em muitas outras coisas, a parte mais complicada é a motivação para o iniciar.

Após decidir implementar o seu fundo, a sua primeira decisão deve ser onde guardá-lo, dado que manter dinheiro em casa é arriscado e acabará por perder mesmo as baixas taxas remuneratórias oferecidas pelas diversas instituições.
A segunda decisão é a definição de quanto deseja vir a ter no seu fundo. Esta decisão leva à terceira e provavelmente mais importante decisão que terá de tomar: quanto poupar por mês.

Quanto a onde guardá-lo, tome em consideração o principal factor que o/a levou a constituir o fundo: disponibilidade imediata de dinheiro. Assim provavelmente o mais simples será colocá-lo numa caderneta de poupança mesmo na sua habitual instituição bancária.
No que diz respeito ao montante, a literatura especializada define habitualmente como valor final para este tipo de fundo, um total equivalente a 6 a 8 meses do seu rendimento mensal mas deverá considerar aquilo com que se sente mais confortável tanto a nível de disponibilidade financeira quanto ao tempo em que deseja ver a sua meta cumprida.

Assim que o objectivo de poupar e guardar neste seu fundo de emergência for alcançado deve "esquecê-lo" enquanto não houver emergência, pois é para isso que ele lá está.
Alguns ficam tentados a utilizá-lo para trocar de carro ou fazer uma viagem, mas não nos podemos esquecer nunca do objectivo desse fundo e do sacrifício que fez para o obter. Nada impede que, após poupar o valor total, passemos a investir com outros objectivos em vista, em outros fundos diversos. Será muito mais fácil assim que tiver a disciplina necessária.

É importante ter em mente que esse dinheiro significa tranquilidade financeira. E quem já passou por problemas financeiros decorrentes da falta de um fundo como este, sabe o quanto é essa tranquilidade é valiosa!

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