De há vários anos para cá e com o avanço da internet, mostra-se cada vez mais necessário o uso de cartões de crédito até para as mais pequenas transacções. Se somarmos a isso o facto de o cartão de crédito adiar o pagamento da conta, ou ainda parcelá-lo, como em alguns casos acontece, a maioria das pessoas acaba cedo ou tarde por recorrer a estes, aqui põe-se a pergunta: Qual escolher?
Quando uma empresa apresenta um novo cartão de crédito ao público, apresenta diversos tipos de vantagens, nomeadamente o limite de crédito oferecido, possibilidade de utilização internacional, valor das taxas de juros e anuidades a cumprir.
No que concerne aos primeiros factores, a escolha torna-se simples. Escolhemos o cartão que mais convém ao nosso bolso e que mais se ajusta às nossas habituais transações. O que complica esta questão são realmente as taxas de juro e as anuidades, que o consumidor comum tende a não perceber muito bem e por conseguinte a desvalorizar até que lhe acerte na conta bancária. Vamos tentar entender de que se trata isto e dissecar um pouco a conversa dos cartões. Ora a anuidade é o valor que se cobra anualmente para que se possa ter o cartão, este valor é variável dependendo daquilo que pode fazer com o cartão, aumentando consoante aumentam as vantagens do mesmo.
Por seu lado as taxas de juro consistem no valor cobrado mensalmente pela empresa que oferece o cartão sobre a dívida que sobre este recai, vejamos: Você fez uma compra com o seu cartão. Quando o mês do cartão de crédito fechar, essa compra será cobrada na factura do mesmo. Usualmente esta factura oferece duas opções de pagamento: o pagamento integral e o pagamento parcial da sua conta. Se pagar integralmente, não vai pagar juros, se pagar em parcelas (mensalidades) haverá cobrança de juros sobre o valor que fica por pagar, ora este valor, é a taxa de juros.
As taxas de juros e as anuidades são os dois pilares-base que a empresa que emite cartões de crédito apresenta para atrair clientes. Muitas oferecem uma taxa de juros pequena ou o não pagamento de anuidade desde que se faça compras acima de um determinado valor mensal, de modo que a questão que se põe é esta: é melhor ter cartão sem anuidade ou com taxas de juros reduzidas?
Assim de repente aquilo que responderíamos seria a taxa de juros reduzida, porque esta entra diretamente sobre o valor que a pessoa vai pagar em caso de optar pelo pagamento parcelado, além de que não está atrelada a alguma obrigação do consumidor como estão as anuidades gratuitas (fazer compras superiores a um determinado valor mensal). É certo que a poupança com as anuidades gratuitas será inferior àquilo que se gastará caso seja necessário optar pelo pagamento parcelado da conta, mas as coisas não são assim tão lineares. Um aspecto importante a ter em conta é a forma como se pretende usar o cartão de crédito.
Para algumas pessoas, o cartão de crédito é a forma menos burocrática de se obter um empréstimo para fazer certo tipo de compras, neste caso a taxa de juros reduzida é preferível. Por outro lado, outras só vão optar pelo pagamento parcelado em caso de extrema necessidade. Para essas, o valor dos juros não é significativo sendo melhor a anulação da anuidade do que a taxa reduzida dos juros.
Regressa a pergunta: Que cartão escolher?
Assim a resposta será que tem a ver com a situação particular de cada consumidor. Pretende usar os juros ou pensa gastar o suficiente para que o valor da anuidade seja reduzido? e neste caso vale comparar o custo da anuidade com o valor exigido pela empresa para que este seja reduzido/oferecido.
São estas sobretudo as questões que o deverão preocupar quando opta por determinado cartão. E se tiver sorte de deparar com uma empresa aberta ao diálogo, no caso de provar ser um bom consumidor talvez consiga mais tarde negociar as diversas taxas a serem pagas relativamente ao seu cartão, nunca se perde por tentar.
Sem comentários:
Enviar um comentário