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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Empreendedorismo, Breve Apontamento.


"Empreendedor é o termo utilizado para qualificar, ou especificar, principalmente, aquele indivíduo que detém uma forma especial, inovadora, de se dedicar às atividades de organização, administração, execução; principalmente na geração de riquezas, na transformação de conhecimentos e bens em novos produtos – mercadorias ou serviços; gerando um novo método com o seu próprio conhecimento".



Esta é a definição "wikipediana" do assunto de hoje. Diz ainda que "empreendedorismo é o principal fator promotor do desenvolvimento econômico e social de um país. Identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativo".

O conceito surge em 1950, aplicado pela primeira vez por Joseph Schumpeter, economista. Uma pessoa com criatividade é capaz de fazer sucesso com inovações.
Em 1967 e 1970, foi introduzido o conceito de risco, respectivamente com Kenneth E. Knight e com Peter Drucker. Uma pessoa empreendedora precisa arriscar em algum negócio.
Finalmente, em 1985 Gifford Pinchot acrescenta ao bolo, o conceito de intra-empreendedor: a pessoa dentro de uma organização.

Robert Hirsch, em seu livro “Empreendedorismo” dá-nos uma das definições mais utilizadas e aceites hoje em dia. Diz ele que "empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação económica e pessoal".
A satisfação económica é pois, o resultado de um objectivo alcançado e não um fim em si mesma.

O empreendedorismo depende de diversos factores, entre eles o capital a ser aplicado e o mercado para responder ao que se oferece. traçar objectivos e metas a serem alcançados. Não dispõe de fórmulas antes ousadamente arrisca as bases para levar a cabo aquilo que se propõe.

Assim, quais serão as bases nas quais se sustenta um empreendedor?

1 - Criatividade

Muito embora quase tudo aquilo que se julga novo, já foi pensado ou aplicado algures, alguma vez, a criatividade é sempre útil se repensada com base nas condições do mercado ao qual virá a ser apresentada.
Uma análise cuidadosa é muito importante para empreender algum negocio. Se o empreendedor pensa em falência quer dizer logo à partida, que 50% dessa falência já está a acontecer, ou que 50% da estagnação dos negócios, já existe.

2 - Renovação

Renovar, inovar, sair da rotina usando o que se tem é inquestionável em todos os sectores da vida. E se se aplica realmente em TODOS os sectores da vida, será que não é possível também na vida empresarial?
Pois claro que é possível, só não é praticado.
Falta renovar o que já deu certo antes e mesmo aquilo que está a dar certo agora.
O que temos são empreendedores com medo de um lado, e de outro, empreendedores que pensam que o tempo não passa e que os clientes não mudam. Estagnaram.

3 - Reformulação

Este ponto faz-me ter vontade de falar apenas do atendimento ao público, que é habitualmente uma valente dor de cabeça, todos os dias aparecem reclamações de clientes insatisfeitos com o péssimo atendimento realizado por funcionários cansados, com stress, mau humor ou simplesmente arrogantes, e esta classe dos arrogantes é a pior.
Não será exagero dizer que todos nós já fomos vitimas de funcionários que se comportam como se fossem patrões e que vêem no cliente um pobre coitado que vai ali pedir favores.

4 - Basta à Adulação

Adulador é o mesmo que graxista, capacho, lambe botas e por aí fora... qualquer coisa que tenha relação com o substantivo aplicado a pessoas que se apoderam do Ego dos outros para existir.
Esses aduladores são perigosos para o empreendedor visto que são pessoas que erram mais do que acertam e mesmo assim conseguem agradar.

Recomendo a leitura de "O Príncipe" de Nicolau Maquiavel, que reserva um capítulo inteiro para falar de aduladores. Se Maquiavel em 1513 se preocupou em relatar o perigo dos aduladores porque não manter a preocupação, visto que estes ainda existem?
O que acontece no mundo do empreendimento é os desavisados andarem com um adulador sempre ao pé, que se faz passar por entendedor e que na verdade não passa de um problema. Mas lembre-se que mesmo filtrando os aduladores e ouvindo os sábios os negócios sempre serão por sua conta e risco e assim é de sua responsabilidade analisar se é viável e porque é viável fechar ou não certo negócio. A prudência jamais deve caminhar com a ganância: ser prudente requer sabedoria, ser ganancioso requer fraqueza e medo.

5 - Cálculos

A regra básica para aplicações em novos negócios ou em inovações nos já existentes é: nunca se aplica mais do que se tem! Fazer o contrário é dar um “tiro no escuro”. Um investimento deve ser baseado em pesquisas de mercado, sobre lucros mínimos, possibilidades de não pagar mais do que vale, possibilidades de sucessos e entraves nos lucros, bem como de contornar acontecimentos desagradáveis.
Vale examinar, vale ponderar. Decisões tomadas por impulso, resultam na sua maioria em problemas aborrecidos.

Este apontamento não é nem de longe toda a estrutura na qual se apoia um empreendedor. Esta deve  ser construída de acordo com a experiência de cada um, afinal a experiência aqui conta muito.
Confúcio dizia que “o sábio teme o céu sereno; em compensação, quando vem a tempestade ele caminha sobre as ondas e desafia o vento”. Pois isso é empreender: perceber possibilidades e utilizá-las.

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